quarta-feira, junho 21, 2006

Gerês

Bom, deixei a caçada aos trovões, coloquei o mestrado em stand-by e parti para o Gerês. Como não poderia deixar de ser, levei a máquina fotográfica e, das dezenas de fotos que tirei, gostaria de partilhar algumas através deste meu blog.


No dia da chegada, o tempo não se apresentava muito aprazível, mas como já era fim de dia,... tudo bem!


A partir do segundo dia, tudo foi azul.




Chego à conclusão que, se a água é o ouro do século XXI, então o Gerês é um tesouro a conservar.






Como o Homem é um animal de caça, à falta de trovões para seguir, dediquei-me aos répteis. Aqui estão
quatro amiguinhos que me fizeram esperar longos minutos (que somados deram perto de duas horas), parado, em silêncio e a torrar ao sol. Mas valeu a pena.






A quietude, o "silêncio" e a grandiosidade de uma obra como a barragem de Vilarinho das Furnas, deixa-me profundamente estarrecido. Fico deslumbrado. Admiro de igual modo a beleza desta parede de betão e a beleza das montanhas que a rodeiam. Para mim fazem parte de um todo, fazem parte da "Natureza".



Que dizer mais... quatro dias não chegam para nada!

sexta-feira, junho 16, 2006

mestrado

Estou actualmente a fazer o meu segundo ano de tese de mestrado. Por muitas angústias já tenho passado e por muitas outras com certeza vou passar. Creio que aos amigos estas não são visíveis, mesmo àqueles que mais de perto me acompanham. Este facto deve-se talvez a uma postura, que direi muito própria, onde a razão é estar convicto de que, mesmo vivendo 150 anos, este período de tempo é demasiado curto para viver as coisas boas que a vida nos dá. Ora como a vida não são só coisas boas, às coisas más tento dar-lhes o mínimo de tempo de antena, sob o risco de perder demasiado tempo a vivê-las em detrimento do tempo que poderia estar a reservar às coisas boas. Mas atenção, ambas as coisas, boas e más, são e devem ser vividas, apenas o tempo que lhes dedicamos é que deve ser diferente e repito: muito tempo para as coisas boas e pouco tempo para as coisas más.
Vem este discurso todo, para justificar a decisão de partilhar neste blog as reflexões que vão sendo tidas e que serão a partir de hoje aqui mais ou menos colocadas, para reflexão de quem por cá passe e me possa iluminar, questionar ou o que seja.
Neste momento, tenho como objectivo encontrar uma forma não tradicional de utilizar a informática no ensino. Ando às voltas com a aprendizagem colaborativa. Mas vejamos o que vou para já, aqui colocar. No fundo, a minha esperança era a de que pudesse obter aqui, neste blog, um modelo mais ou menos representativo de uma aprendizagem colaborativa e digo, mais ou menos, porque não é muito justo estar aqui à espera de encontrar respostas dadas por outros que não eu, para um mestrado que apenas a mim me diz respeito e a mim me poderá trazer mais valias.
Estão então abertas as “hostilidades”:


A pirâmide esbateu-se e o professor é muitas vezes ultrapassado pelo aluno. O ensino já não é uma pirâmide de conhecimento, em cujo vértice o professor se encontra. Desta forma, a informática trouxe uma democratização do conhecimento, pois este encontra-se disponível para todos os que possam e queiram a ele aceder. O que pode agora a informática trazer de novo?
Os sistemas colaborativos ou cooperativos e o ensino à distância são algumas das respostas possíveis para esta questão. São também formas de combater a exclusão social e uma cultura e ensino de tendência cada vez mais globalizante.

CSCW Computer Supported Collaborative Work em português Trabalho Colaborativo Suportado por Computador, aparece com a possibilidade das comunicações multicast.

Conforme podemos ver nas páginas da Wikipédia e como primeira abordagem algo já satisfatória, a acrescentar à definição da abreviatura, temos:

“De uma forma genérica, o CSCW é uma área científica interdisciplinar que estuda a forma como o trabalho em grupo pode ser suportado por tecnologias de informação e comunicação, de forma a melhorar o desempenho do grupo na execução das suas tarefas.
As pesquisas em CSCW são normalmente caracterizadas em um quadro de duas dimensões: a distância das pessoas cooperando (remota ou localmente), e a forma de comunicação (síncrona ou assíncrona).
O CSCW enquadra-se num domínio científico interdisciplinar, envolvendo diversas áreas científicas, tanto técnicas, como sistemas distribuídos, comunicação multimédia, telecomunicações, ciências da informação, quanto humanas e sociais, como psicologia, percepção e teoria sócio-organizacional.

O CSCW surgiu na década de 80, emergindo a partir da Automação de Escritório ("Office Automation"). Esta, por sua vez, apareceu cerca de dez anos antes, como uma forma de suportar o trabalho administrativo de grupos e organizações, evoluindo a partir de sistemas organizacionais como os sistemas de emissão de bilhetes de avião, que tinham surgido na década de 60.

Os programas informáticos cujo objectivo é serem usados por grupos cooperativos designam-se habitualmente por groupware. Genericamente, pode-se considerar o groupware como sendo software que suporta CSCW. As aplicações groupware mais antigas são o correio electrónico (E-mail), os grupos de discussão (newsgroup) e os sistemas de mensagens curtas, como o ICQ e o MSN Messenger.
Um aspecto bastante importante para o groupware é a existência de um ambiente partilhado pelos vários elementos do grupo. Este ambiente partilhado coexiste normalmente com ambientes privados de cada elemento do grupo, o que implica possuir diferentes mecanismos de gestão de acesso à informação, consoante esta seja privada ou partilhada. Neste último caso, há que ter particular cuidado com os aspectos de controlo de concorrência, de forma a assegurar a consistência da informação partilhada. Potenciais domínios aplicacionais da utilização de groupware são o projecto e desenvolvimento de software, a coordenação de processos de trabalho (Workflow), o Ensino, a telecooperação, a Arquitectura, o projecto de Engenharia, a Telemedicina e a edição cooperativa.
As aplicações groupware podem ser agrupadas de acordo com a sua funcionalidade genérica, constituindo as seguintes classes de aplicação:
- sistemas de comunicação;
- espaços de informação partilhada (Mediaspaces);
- coordenação de processos de trabalho (Workflow);
- suporte a reuniões (Workgroup computing);
- editores de grupo;
- agentes cooperantes;
- ensino assistido por computador (no qual se inclui o E-lerning);
- Realidade Virtual.”



CSCL Computer Supported Collaborative Learning em português Aprendizagem Colaborativa Suportada por Computador, é uma estratégia educativa apoiada em meios informáticos, através da qual o conhecimento é construído em grupo, por discussão, reflexão e tomada de decisões.
CSCL, aparece através da investigação do CSCW, que ao proporcionar o trabalho em conjunto num sistema de redes de computadores, vai causar uma inevitável aprendizagem colaborativa.


Ensinar pressupõe sempre à partida um professor e um aluno, isto numa perspectiva tradicionalista.
Vejo a aprendizagem tradicional como limitativa. Nesta os conteúdos são estanques e predeterminados.
Numa aprendizagem não tradicional, os dogmas da aprendizagem tradicional devem ser eliminados. Assim, as limitações deste modelo de aprendizagem e os seus conteúdos predeterminados devem ser eliminados. Pegando apenas, e por agora, nos dois dogmas que enunciei como sendo caracterizadores da aprendizagem tradicional, a aprendizagem colaborativa responde com eficácia aos desafios propostos. É evidente que não podemos limitar-nos somente a algumas características, mas para começar, até uma só característica chega, isto se assumirmos que é a primeira característica de uma extensa lista a ser denunciada.
Em primeiro lugar, desvia-se de uma postura limitadora, porque possibilitando a discussão entre várias pessoas, vai prever diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto.
Em segundo lugar, não tem conteúdos predeterminados ou se por hipótese parte de um conteúdo predeterminado, a sua primeira acção é sem dúvida ultrapassá-lo e desviar-se, através dos vários pontos de vistas formulados pelo grupo.
Nesta aprendizagem o professor toma o papel de orientador e não do supremo conhecedor. Desta forma, o professor acaba por se tornar ele próprio num aprendiz, de forma a dar resposta a questão não previstas, colocadas pelo grupo orientado. Pode deste modo, tornar-se o consultor de uma investigação de onde ele próprio tirará conhecimento.
De novo são eliminados dogmas da aprendizagem tradicional: o aluno transforma-se num investigador e o professor acompanha esta metamorfose, tornando-se ele também num investigador que partilha o acto de investigar com os seus alunos. Esta visão, à partida democrática, é mais do que isso, é colaborativa. A distinção destes dois termos, democracia/colaboração, é necessária por desgaste do primeiro, que trás consigo significações que corrompem a sua génese. Assim, entenda-se colaboração como uma acção altruísta, onde os fins não justificam os meios, mas onde os meios ganham tanta ou mais importância do que os fins.

terça-feira, junho 13, 2006

seguindo trovões

Ontem, segundo uma amiga, andei a seguir trovões. Na realidade foi um seguir no conforto do lar, mas aqui estão eles, alguns dos que eu apanhei.









quinta-feira, junho 08, 2006

Surpresa

Por vezes surpreendo-me a mim próprio, por exemplo: ontem, ao fazer limpeza na minha secretária, encontrei vários papelitos de notas onde se podiam ler mensagens de alerta para não esquecer de fazer determinadas tarefas. Entre estes papeis, descobri um que me chamou a atenção. Dizia algo como: "Não esquecer de colocar a cabeça sobre os ombros."