quinta-feira, julho 26, 2007

duas musas

Aqui estão duas mulheres admiráveis que eu gostava de conhecer pessoalmente.
Sei lá... talvez um dia.
:)




ok, agora silêncio que vamos ouvi-las.


sábado, julho 21, 2007

o estado da nação

Penitencio-me, por, embora não totalmente alheio, não dar a importância devida à política portuguesa, mesmo sendo apelidado pelos amigos de anarco-sindicalista. Aconteceu ontem o debate do estado da nação e entre tudo o que foi dito e que pode facilmente ser visto, lido ou ouvido em qualquer meio de comunicação social, uma das questões que me preocupou, foi, não o que se disse, não o que ficou por se dizer, mas um certo “estou-me a borrifar”. Esta atitude, pode ser presenciada no parlamento e protagonizada pelos senhores que são pagos pelos meus suados impostos. Enquanto decorria o debate, pode-se presenciar gente a conversar, gente ao telemóvel, gente que pura e simplesmente abandonou o recinto que, entenda-se, é o seu local de trabalho. Que competência, tem esta gente para governar?


Sou eu, entre muitos outros portugueses, que pago o salário a estes senhores e gostaria de através deste singelo blog, propor a alteração das regalias destes maus funcionários públicos (afinal sempre existem) e o despedimento por justa causa de alguns deles. Para além disto, proponho também a redução do número de deputados para metade, visto que, mesmo sem dados concretos, acreditar ser essa a percentagem de presenças médias, mas, mesmo que não seja este o valor, sempre se reduz o número de incompetentes, acreditando que existem alguns que sempre vão trabalhando. Com esta redução no número de deputados, estaríamos a poupar imenso dinheiro aos cofres do estado. Também estaríamos deste modo, a reduzir o número de futuras reformas chorudas, o que, uma vez mais, se iria manifestar na melhoria das contas públicas.


Com os exemplos dados por estes senhores que se ausentam, sem pejo nenhum, do seu local de trabalho, como poderão os portugueses ser mais produtivos? Os exemplos que os portugueses têm e que vêm entrar-lhes pela casa dentro através dos seus aparelhos receptores de TV, entre outros meios de comunicação social, são magníficos para se desculparem da sua própria apatia na melhoria deste país. Quando os deputados de uma assembleia da república se estão borrifando para o estado da nação, como querem que os portugueses se manifestem? Eu sei. Não é através da grande taxa de abstenção em actos eleitorais, mas sim através da presença maciça nesses actos, altura em que nos é dada a oportunidade de expressar o nosso sentir, e através do voto em branco, manifestando assim a indignação para com aqueles que não merecem cada centavo do seu ordenado.


Questiono-me: o que aconteceria se eu me ausentasse sem razão aparente do meu local de trabalho?

quarta-feira, julho 11, 2007

alimárias

Fui apanhar o metro.
O metro chega.

Ao entrar, deparo-me com uns novos primitivos com o seu aspecto
rasta, tribal característico, produto de modas contemporâneas. Estes, usurpavam a maior parte do espaço público da entrada. Tive, para entrar, que esticar as pernas e avançar sobre as diversas coisas espalhadas pelo chão; mochilas, sacos, ipods e os próprios primitivos. Tudo isto se encontrava espalhado de uma forma ostensiva e não porque não houvesse espaço.

Um pensamento de imediato me ocorreu: "é fixe, ser um gajo muito cool, um espírito livre, principalmente quando não se respeita a liberdade do semelhante, quando se tem dinheiro para correr o mundo, ter as mochilas cheias de etiquetas dos vários aeroportos por onde se passou, pertencer a uma tribo num país quase desenvolvido e não passar fome em África.

A partir desse momento, e inquinado que estava pelos meus pensamentos, a conversa deles metia-me nojo. Pensar que pessoas destas pregam ideais contrários às suas acções, desrespeitar os outros em nome da sua própria (pseudo)liberdade. Fazem-me lembrar déspotas e os seus conceitos de respeito pelos seus semelhantes. Só porque vinham do aeroporto é que não traziam os cães com que costumam fazer-se acompanhar para mostrar, talvez, alguma humanidade que não têm. No fundo eram e não passavam de umas alimárias.