domingo, dezembro 02, 2007

pasmo

Hoje, num bar, ouvi a amiga de uma amiga minha dizer-lhe: - Agora que estou grávida posso abusar um bocado e aproveitar a situação. Estou deitada no sofá e digo-lhe a ele que me apetecia, uma torrada, por exemplo, e ele levanta-se e vai fazer a torrada. Por vezes nem tenho muita vontade, mas tenho que aproveitar.

Eu fico pasmado, pois antes da G. me deixar eu realizava-lhe esses desejos e ela nunca esteve grávida nem precisava, para que eu lhe satisfizesse esses pequenos caprichos. Custava-me tanto a mim como custaria a ela, levantar-se e ir pegar o que queria, mas sempre pensei que satisfazer-lhe essas vontades era uma prova de amor e afecto. Nunca esperei que ela fizesse o mesmo por mim. Acredito que se eu estivesse à espera de igual tratamento em troca do que eu lhe dava, não seria uma prova de amor mas sim uma troca de favores.