terça-feira, janeiro 22, 2008

situações

Chega o metro à paragem, ainda em desaceleração, e reparo num "personagem", daqueles pitorescos, que em todas as cidades se podem encontrar. Era homem para ter os seus 60 anos, usava um barrete vermelho e branco, o que o destacava no meio dos outros passageiros.

Entro e encosto-me à porta oposta à da entrada, ficando de frente para o lugar onde viajava o nosso amigo. Este, orgulhosamente, segurava uma bandeira do Leixões e trazia amarrado ao seu braço um cachecol do mesmo clube. Era um indivíduo de cara marcada pelo tempo, onde rios de lava tinham cavado fortes vincos e deixado um bronzeado notável. Tudo levava
a crer tratar-se de um homem do mar.

Não tardou muito a confirmar-se a minha suspeita. O homem dirige a palavra para a jovem que viajava sentada à sua frente e pede-lhe para segurar, por favor, na preciosa representante do clube. A jovem, talvez um pouco embaraçada pela abordagem feita de uma forma pouco comum ou pela suspeita do carácter peculiar do homem, segurou na bandeira pelo topo e apenas com dois dedos como se de uma pinça se tratassem.

O homem dobrou-se , metendo a mão na saca que jazia a seus pés. Ao retirar a mão, ergueu-a e exclamou numa voz rouca: - Sardinha do nosso mar.
Na sua mão era bem visível, a espreitar entre os dedos, espécimes do tão bem anunciado peixe.

Sem dúvida, este era um homem digno e orgulhoso dos seus ídolos: o Leixões e o Mar.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

má direcção

Vi uma notícia na televisão que se referia à tentativa de agressão a um director desportivo do Belenenses. Fiquei surpreendido com o fanatismo das pessoas.

Penso que tal fanatismo está mal direccionado ou melhor, a tentativa de agressão está mal direccionada. É um gasto de energia mal empregue.

O que penso na verdade, é que esta raiva deveria ser dirigida aos governantes deste país (deputados incluidos). Estou mesmo a imaginar as pessoas a fazer esperas aos nossos ministros, secretários de estado e deputados para lhes arrear com umas guarda-chuvadas bem dadas.

É bonita a imagem que tenho no cérebro. Será que para evitar tal tratamento os políticos começavam a andar na linha? Será que os nossos deputados pediam para lhes cortarem algumas das muitas regalias que têm? Será que pediam para reduzir o número de deputados para tentar equilibrar as contas do estado?

Realmente sou um alienado ou imaginar políticos que não são seres abjectos, que não são alimárias.

domingo, janeiro 13, 2008

escrita automática

Soltem-me os anjos como cães raivosos,
porque de fantasias eu não tenho medo.
As musas, como raivosas meretrizes,
atacam tudo que ande, gatinhe ou rasteje.
Do lado de lá da rua os alucinados flamejam
e com eles serpentes de ferro e aço combatem,
os jogos de palavras, com amor.
Os automatismos na escrita abrem percepções.

futebol e língua portuguesa

Alguém me alertou para a pouca defesa da língua portuguesa no site da primeira liga de futebol portuguesa (será?).

Na realidade, eu não dou tanta importância como isso ao futebol, mas também não sou um fanático anti-futebol. Uma coisa eu sei! O futebol é um fenómeno sociológico que interessa a uma grande parte da sociedade portuguesa. Ora se assim é, deveria haver mais controlo sobre o que se escreve num site que é dedicado, entre outras, à primeira liga de futebol portuguesa (?). Afinal devem ser muitos os que o consultam e, consultar algo bilingue como é este site, não é muito pedagógico. Mas também, quem é que está preocupado com isso?... Bom, eu pelo menos estou.

Consultem a classificação e digam-me o que significam as letras no topo da tabela classificativa.

Ou vejam as estatísticas nos detalhes de um dos jogos.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

2008


Porto, Ribeira - Concerto de ano novo.


Porto, Ribeira - Concerto de ano novo.


Porto, Ribeira - Está-se Bem.

2007


Geradores eólicos (ou como eu gosto de chamar - Ventoínhas).


Geradores eólicos (ou como eu gosto de chamar - Ventoínhas).


Luzes e movimento.


Luzes e movimento.


Luzes e movimento.