O facto de viver onde vivo faz-me lembrar constantemente a minha infância. O regressar às origens importa essa particularidade e quando ouço a chuva a bater nos vidros da janela, ouço claramente na minha memória o grito de: “Olh’á chuba, meninas, olh’á chuba!”. Seguem-se imagens do alvoroço de mulheres aflitas a recolherem a roupa que anteriormente corava a um sol já ido.
Existem ambém as tardes de verão que guardo na memória. Abrigam as sestas forçadas que a minha avó impunha, a mim, à minha irmã e aos meus primos, todos nós ansiosos pelo seu fim para pudermos ir finalmente brincar e dar azo à nossa imaginação de crianças despreocupadas.
segunda-feira, junho 29, 2009
quinta-feira, junho 18, 2009
olhos cerrados
Quando cerro os olhos tenho visões e penso sobre o que serão. Fico prostrado com tanta beleza. Ouço vozes sussurrando aos meus ouvidos. Tarde demais, a fada chegou e nada fica como antes.
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sábado, junho 06, 2009
cérebro "galenado"
O meu cérebro retoca-se cheio de frases soltas, vindas não sabemos de onde. Talvez as tenha apanhado no éter como uma galena a apanhar as ondas hertzianas. As frases não fazem sentido e nem mesmo o meu cérebro as compreende como uma narrativa lógica.
Talvez se as juntasse a todas, obtivesse um belo “cut”.
Mas não!
Prefiro deixá-las onde elas pertencem, ao meu cérebro (…ou ao éter?).
Talvez se as juntasse a todas, obtivesse um belo “cut”.
Mas não!
Prefiro deixá-las onde elas pertencem, ao meu cérebro (…ou ao éter?).
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