terça-feira, novembro 01, 2011

Amplifest

Este fim-de-semana tive a oportunidade de assistir por dentro, a um excelente festival que passou despercebido para os mais distraídos. Como alguém disse, um festival para melómanos. O Amplifest.

Como leigo na matéria, facilmente confundiria o festival com um festival de metal. Na verdade havia muito mais do que isso, embora andasse por perto.

Desta vez não foi só o público que me fascinou, mas também as bandas, os seus elementos e a organização do festival. Uma vez mais fiquei maravilhado com a postura (de melómanos, sem dúvida) dos participantes do festival, desta feita: público; bandas; organização.

O que me agradou:
O público - porque aparece para ouvir o que gosta ou não soubesse muito bem o que quer;
As bandas - porque levam a sério o que fazem, pela troca de conhecimentos entre bandas e pelo entusiasmo que colocaram ao participar também enquanto público;
A organização - porque tudo fez para que o festival corresse tão bem como correu.

Testemunhei, talvez por tudo isto, às longas, dolorosas e sentidas despedidas entre as bandas e a organização + staff do festival.


Passemos ao festival em si.

Decorreu no Porto, nas duas salas do Hardclub, nos dias 29 e 30 deste mês de Outubro. O Amplifest, organizado pela Amplificasom, apresentou um cartaz soberbo com bandas que vieram desde o Japão, EUA, Inglaterra, Itália, França, Espanha...

Dia 29
17.00h – EAK – sala 1
17.30h – Suzuki Junzo – sala 2

18.15h – Cuzo – sala 1

18.15h – (filme) Blood sweat + vinyl – sala 2
19.45h – Sungrazer – sala 1

20.15h – Stearica – sala 2

21.00h – Rorcal & Solar Flare – sala 1

21.30h – Mugstar – sala 2

22.15h – Rise and Fall – sala 1

23.00h – Ovo – sala 2

23.45h – Jesu – sala 1

01.00h – Drumcorps – sala 2


Dia 30

16.00h – L’enfance Rouge – sala 1

16.00h – (filme) Soldier of the road – sala 2

17.15h – Enablers – sala 1

18.00h – Witchburn – sala 2

18.30h – Bardo Pond – sala 1

19.15h – Dirge – sala 2

20.15h – Process of Guilt – sala 1

20.45h – Barn Owl – sala 2

21.45h – Acid Mothers Temple – sala 1

22.30h – Orthodox – sala 2

23.30h – Godflesh – sala 1


Coloco aqui 3 fotos de outras tantas bandas de que gostei. Seria mais fácil dizer as que não gostei pois gostei de muitas outras, mas optei por colocar apenas estas 3 fotos talvez porque… nem sei, mas agora que olho para elas, coincidentemente encontro em todas elas o meu instrumento preferido, o baixo. Quererá isso dizer que foi o que me fez escolhê-las? Talvez.



Ovo - Ok, talvez esta seja a minha preferida.



Stearica



Godflesh

sábado, agosto 13, 2011

vagos open air 2011

Na passada sexta, dia 5 de Agosto, fui ao festival Vagos Open Air 2011. Sendo um festival de verão com pouca divulgação, o melhor será explicar que se trata de um festival de metal. Já vai na sua terceira edição e aspira a ser o maior festival de metal em Portugal.

Mas porque escrevo aqui a minha ida ao festival? A razão é simples e passo a explicar.

Não sou um apreciador convicto de metal, embora aprecie este ou aquele grupo e este ou aquele tema. Foi então através do convite de um amigo (D) que fui ao festival. Como D teve a trabalhar até ao final da tarde, fomos assistir apenas às três últimas bandas do dia e se estávamos lá porque D aprecia mais os Anathema, eu apreciei sobretudo os Opeth. Mas esta será a introdução à razão que me leva a “postar”. A verdadeira razão foi o facto de ter ficado surpreendido com o público do festival.

Por ignorância minha e preconceito ou criação de ideias estereotipadas, sempre pensei que um festival de metal fosse um “palco de javardice” onde reinaria o caos e a desordem. Pois peço desculpa a toda a comunidade metálica, estava completamente enganado.

Comentei isto mesmo com o D, que vai ao festival desde a primeira edição e ele respondeu-me que é sempre assim, as pessoas é que têm uma ideia errada sobre os apreciadores de Metal. E é isso mesmo, a questão é os apreciadores… dei comigo a pensar que o público do festival é um público muito concreto e com uma dedicação muito similar, por exemplo, à dedicação de um público que vai assistir a um concerto de música clássica ou a um concerto de jazz.

O público que encontrei é completamente oposto ao público que se encontra nos festivais de Verão. Normalmente estes últimos estão lá para “marcar pontos” ou seja ter mais um “carimbo na colecção” (pulseira) que vão disputar com outros, sendo que, “ganha” o que tiver mais pulseiras ou histórias para contar (leia-se bebedeiras e afins).

O público do Vagos Open Air é um público maduro e civilizado (o que é isso, civilizado?) que sabe o que quer e porque vai ao festival. São apreciadores de metal e estão ali para apreciar metal. Bebedeiras e afins podem usufruir delas sem ter que pagar um bilhete de 30 ou 50 euros. Pagaram para ouvir as bandas em palco e acreditem que o fazem atentamente e com um espírito critico apurado. Bebe-se e muito, mas não se cai de bêbado (talvez porque se come também). Ouve-se boa música e o resto da “festa” fica para depois da actuação dos grupos.

Ao jeito de conclusão direi que é um festival que se aconselha a quem gosta de metal ou quer conhecer o que é metal e é um festival onde faço questão de lá voltar para o próximo ano.


terça-feira, abril 05, 2011

adeus

A minha singela homenagem a uma verdadeira matriarca. Deixa saudades.
Recordo as tardes de jogos de cartas. Recordo com carinho os bolos e os biscoitos com que me empanturrava (como se eu não gostasse).
Obrigado M. por partilhar comigo o seu universo.


terça-feira, março 08, 2011

esta nem no Fantas

Nem no FantasPorto vi tanto medo. LOL

dedicatória musical

Esta música é dedicada naturalmente a ela.


domingo, fevereiro 13, 2011

aiku VI

o teu sorriso
e as amendoeiras,
belos e em flor.

aiku V

o meu primeiro
pensamento de manhã
é só para ti.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

o amor é monótono

Hoje, em conversa com uma amiga (M) e um amigo (T), dizia eu que gosto de tratar bem as mulheres por quem me apaixono. Dizia M que isso era por eu ser boa pessoa e que no amor também tem que haver alguma violência. Talvez por isso é que a minha relação mais duradoira, só tenha resistido oito anos. Concordo que tratar bem alguém possa ser monótono, mas eu só sei ser assim. E M insistia dizendo que assim só consigo amizade.

Talvez seja estranha a minha maneira de ver o amor, mas vejo-o assim, “monótono” ou seja, amando sempre. Talvez por não ser uma pessoa violenta. Talvez por pensar que é assim que as pessoas gostam de ser tratadas. Talvez esteja enganado. Mas que fazer? Adoro fazer os outros felizes porque não hei-de querer fazer felizes as mulheres a quem amo?

Na verdade sempre pensei que as mulheres gostam é que as façam sofrer, que as façam sentir inseguras, mas também sempre disse que eu não o consigo fazer. Quando se ama, ama-se e ponto final.

Também penso que amar não é anularmo-nos enquanto indivíduos, não quero que pensem isso. Amar é manterem, os dois, a sua própria personalidade, formando uma terceira que é comum aos dois.

concerto mão morta

No passado dia 3 fui ver um concerto de Mão Morta ao Rivoli. Foi um concerto com um público morno, talvez derivado ao facto de ser um concerto de lugares sentados.
Assim que possível porei aqui, neste mesmo post, algumas fotos.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

sobre correio electrónico

«O correio electrónico é uma coisa muito engraçada. As pessoas passam-nos pequenas mensagens individuais que não são mais pesadas do que uma pedrinha. Mas não demora muito até adquirirmos uma pilha de pedrinhas mais alta do que nós próprios e mais pesada do que alguma coisa que poderíamos mover, mesmo se a quiséssemos repartir por uma dúzia de viagens. Mas aquele que perdeu tempo a enviar-lhe a pedrinha considera ofensivo o facto de não conseguir dar conta de uma coisa tão minúscula. "Que pilha? É só uma pedrinha!"»

Shirky, Clay - Eles vêm aí. Lisboa: Actual Editora, 2010.
ISBN 978-989-8101-65-5, p. 91

segunda-feira, janeiro 03, 2011

aiku IV

Alta montanha
onde observo o sol
adormecendo.