sábado, agosto 13, 2011

vagos open air 2011

Na passada sexta, dia 5 de Agosto, fui ao festival Vagos Open Air 2011. Sendo um festival de verão com pouca divulgação, o melhor será explicar que se trata de um festival de metal. Já vai na sua terceira edição e aspira a ser o maior festival de metal em Portugal.

Mas porque escrevo aqui a minha ida ao festival? A razão é simples e passo a explicar.

Não sou um apreciador convicto de metal, embora aprecie este ou aquele grupo e este ou aquele tema. Foi então através do convite de um amigo (D) que fui ao festival. Como D teve a trabalhar até ao final da tarde, fomos assistir apenas às três últimas bandas do dia e se estávamos lá porque D aprecia mais os Anathema, eu apreciei sobretudo os Opeth. Mas esta será a introdução à razão que me leva a “postar”. A verdadeira razão foi o facto de ter ficado surpreendido com o público do festival.

Por ignorância minha e preconceito ou criação de ideias estereotipadas, sempre pensei que um festival de metal fosse um “palco de javardice” onde reinaria o caos e a desordem. Pois peço desculpa a toda a comunidade metálica, estava completamente enganado.

Comentei isto mesmo com o D, que vai ao festival desde a primeira edição e ele respondeu-me que é sempre assim, as pessoas é que têm uma ideia errada sobre os apreciadores de Metal. E é isso mesmo, a questão é os apreciadores… dei comigo a pensar que o público do festival é um público muito concreto e com uma dedicação muito similar, por exemplo, à dedicação de um público que vai assistir a um concerto de música clássica ou a um concerto de jazz.

O público que encontrei é completamente oposto ao público que se encontra nos festivais de Verão. Normalmente estes últimos estão lá para “marcar pontos” ou seja ter mais um “carimbo na colecção” (pulseira) que vão disputar com outros, sendo que, “ganha” o que tiver mais pulseiras ou histórias para contar (leia-se bebedeiras e afins).

O público do Vagos Open Air é um público maduro e civilizado (o que é isso, civilizado?) que sabe o que quer e porque vai ao festival. São apreciadores de metal e estão ali para apreciar metal. Bebedeiras e afins podem usufruir delas sem ter que pagar um bilhete de 30 ou 50 euros. Pagaram para ouvir as bandas em palco e acreditem que o fazem atentamente e com um espírito critico apurado. Bebe-se e muito, mas não se cai de bêbado (talvez porque se come também). Ouve-se boa música e o resto da “festa” fica para depois da actuação dos grupos.

Ao jeito de conclusão direi que é um festival que se aconselha a quem gosta de metal ou quer conhecer o que é metal e é um festival onde faço questão de lá voltar para o próximo ano.