terça-feira, julho 28, 2009

"fazer uns filmes"

Pronto M., mesmo ausente convenceste-me a revisitar os meus textos e, em consequência, deixar partir este aqui.

Como é que podemos “fazer filmes” a partir do que não conhecemos?

Não!

Na realidade parece-nos somente possível “fazer filmes” a partir do que não conhecemos. O que conhecemos parece-nos demasiado familiar para dar um bom “filme”. É com o que não tem, que a mente humana se regala… correcção: a mente humana ilude-se no regalo do que não tem. Quando está perdida é no aconchego do familiar que se reencontra. Saber apreciar o que temos, é mais difícil do que saber apreciar o que não temos. É por esta razão que aparecem a cobiça e a inveja.

Devemos “fazer filmes” a cores ou a preto e branco? A preto e branco dá um ar mais artístico, dizem! Mas um filme a cores torna as coisas mais fáceis de compreender. Afinal, em termos cromáticos, um filme a cores está mais próximo da realidade, logo está mais perto do familiar.

tens razão M.

Tens razão M., já não coloco nada aqui há bastante tempo.
Vou então colocar uma citação, que me levou a escrever um daqueles textos que não passaram do meu disco duro.

«Os escravos do século XXI não precisam ser caçados, transportados e leiloados através de complexas e problemáticas redes comerciais de corpos humanos. Existe um monte deles formando filas e implorando por uma oportunidade de trocar suas vidas por um salário de miséria. O "desenvolvimento" capitalista alcançou um tal nível de sofisticação e crueldade que a maioria das pessoas no mundo tem de competir para serem exploradas, prostituídas ou escravizadas.»

Luther Blissett
Banco de citações da Wikipédia