segunda-feira, abril 09, 2007

humano, demasiado humano

A tomada de consciência, para Vygotsky e os seus seguidores, é o estado supremo do Homem, é aquilo que o diferencia dos outros animais, os chamados irracionais. Os actos espontâneos de um humano, aparecem quando este último não toma consciência da acção que está a executar, estando dessa forma a aproximar-se dos outros animais. Pelo outro lado, a tomada de consciência vai provocar actos intencionais da consciência, afastando desse modo os actos espontâneos. Diz Vygotsky, que a tomada de consciência implica os denominados processos mentais superiores, onde as acções são conscientes, controladas ou voluntárias, envolvendo memorização activa seguida de pensamento abstracto.

Neste momento, estou a passar pelo cessar de uma relação conjugal e digo estou a passar porque embora a relação já tenha terminado, vemo-nos obrigados a partilhar o mesmo apartamento. A partilha do espaço é pacífica mas alguns dos meus amigos dizem-me que não aguentavam estar na situação em que me encontro, pois já teriam explodido ou seja tomado atitudes espontâneas. Eu, estou consciente dos resultados menos bons de atitudes espontâneas e assim, tomo consciência dos factos e reajo intencionalmente refreando os actos espontâneos. A própria G. diz que eu sou muito ponderado. Eu, diria que sou humano, demasiado humano.

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