terça-feira, maio 01, 2007

o que eu escrevi II

Tirado ainda dos meus antigos escritos:

"Sempre pensei que Novembro fosse um mês grande!

Ele, sentado, ouvia música e o gato namorava-o enquanto ia dormindo sobre o braço dele. De repente, o gato desperta e olha para a planta que repousa sobre o vaso. Algo tinha acontecido! Talvez a planta que mexe se tivesse mexido.
Ele olhou para o gato, olhou para a planta e disse:
- Vai lá falar com ela. E o gato foi."

"O gato e a planta, como de costume, falavam de coisas sérias. Questionavam-se se a pintura teria acabado ou não. Um dizia que sim, que se não há inovação não há pintura e o pintar por pintar não é pintura. Dizia que a pintura tende a satisfazer um desejo pessoal, o desejo de se opor à sociedade, de se sentir único. Mas isto não é inovador, desde que se destruiu o passado, não existe inovação (futuro?).
O outro, por seu lado, acredita que a pintura está temporariamente adormecida e que a inovação não é a razão de ser da pintura. Quanto ao desejo do artista se opor à sociedade, aparece, não através da crítica ou da oposição, mas sim da indiferença ou seja, alienando-se da sociedade. Para este, a divisão do tempo em passado, presente e futuro, deixou de existir, hoje só existe o presente que assimilou já o passado e o futuro.
Eu não sei se deva acreditar no Galileu, mas que a terra é redonda, ai lá isso é."

Sem comentários: