sábado, setembro 20, 2008

ai!

Ai!

Vi-te e como eu desejava que sentisses o mesmo que eu. Nem sei se tal possibilidade pode existir, mas o simples facto de achar que uma declaração minha te pudesse ofender e afastar-te ainda mais do que as raras vezes que nos vê-mos…

AA disse-me que se tu te ofendesses então não valias o esforço, mas: primeiro, tenho que arranjar desculpas para me acobardar; segundo, não vejo mal em que te manifestasses pelo desagrado, pois penso que todos nós temos o direito de manifestarmos os nossos sentimentos (isto é um contra-senso, não é?).

Conheço-te mal, mas uma mulher bonita e inteligente, é sempre atraente. Cativaste-me, não pela beleza física que tens, mas pela tua inteligência e forte carácter. É verdade que conheço e me rodeiam outras mulheres atraentes como tu, mas foste tu e o meu pensamento em ti, que fechou a última ferida com que fui brindado. Podem até dizer que me abriste uma nova ferida, mas esta só jorra felicidade. Prefiro pensar que vivo, neste momento, inebriado e que este sentimento se dissolverá com o tempo, no entanto, já algo deixou. Uma ferida fechada. Só por isso vale a pena a minha embriaguês em sentimentos não recíprocos.

Bom, duvido (mas tenho a secreta esperança) que algum dia descubras quem és, mas se tal acontecer gostava que te manifestasses. Isto soa-me um pouco ridículo, mas que se dane. Soa-me também a cobardia, mas de novo que se dane. E quem disse, que algum dia lerás este texto?

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